11.3.12

"Mortal Kombat: Legacy" é um bom aquecimento para o que Kevin Tancharoen está preparando

Primeiro, um curta-metragem. Depois, uma série. Acho que já sabemos o que vem a seguir, não?


EL AMANTE FELINO apresenta
MORTAL KOMBAT: LEGACY


Finalmente, "Mortal Kombat" está voltando a ser um centro de atenção. Com o excelente remake do clássico jogo de luta que foi lançado para PlayStation 3 e XBox 360, cuja crítica publicarei em breve, Kevin Tancharoen aproveitou o hype e chamou a atenção da nerdada toda com o curta-metragem "Mortal Kombat: Rebirth", que você pode conferir no YouTube. Tancharoen admite que sua brincadeira de 7 mil dólares foi apenas um aquecimento para chamar a atenção da Warner Bros. e atiçá-la a realizar um reboot da franquia nos cinemas. Eis que surge então, a websérie "Mortal Kombat: Legacy", de 9 episódios, e os mamilos dos fãs se enrigecem ainda mais.

Cada episódio da série enfasa especificamente personagens diferentes dentro de seus contextos, sendo alguns até divididos em dois episódios. No geral, os personagens apresentados na série são Jax, Sonya, Kano, Johnny Cage, Kitana, Mileena, Raiden, Scorpion, Sub-Zero, Cyrax, Sektor e Shao Kahn. Há também a participação de Baraka e Shang Tsung, apesar destes não serem o foco de nenhum dos episódios. Basicamente, os personagens são sim bem apresentados, especialmente Raiden, Sub-Zero e Scorpion, entretanto, alguns acabam sendo mal caracterizados. Jeri Ryan não convence como Sonya Blade e tampouco possui a sensualidade e beleza da personagem. É como se tivessem retirado apenas a parte machona de Sonya para colocar na série. Samantha Jo, a Kitana do seriado, outra personagem que requer sensualidade, é provida de tal característica, porém quando caracterizada como a própria Kitana, ela acaba perdendo-a totalmente. Bola fora, hein? Por outro lado, Michael Jai White é a perfeita encarnação de Jax para o live-action.

Os efeitos especiais não são grande coisa, mas para uma websérie, estão de muito bom tamanho. As atuações são, no geral, boas. Ryan Robbins e Ian Anthony Dale (O Kazuya Mishima do filme de "Tekken") são os que mais se sobressaem com ótimas representações de seus respectivos personagens, Raiden e Scorpion, dentro do contexto estabelecido pelo diretor e roteirista Kevin Tancharoen. Aliás, o episódio de Raiden acaba por ser um dos melhores justamente devido à visão de Tancharoen sobre o personagem.

Vamos falar, então, do assunto mestre em qualquer tipo de mídia sobre MK: As lutas. São todas muito bem coreografadas e executadas pelos intérpretes que, além de bons atores, mostram-se bons lutadores (Salve, Michael Jai White), com a ótima direção de Tancharoen sempre acompanhando. Entretanto, a série não chega a ser nem um pouco tão violenta quanto os games. Há derramamento de sangue e até mesmo um Fatality, mas nada que se compare à brutalidade dos jogos de Mortal Kombat.

A trilha sonora original é, apesar de não muito marcante, muito boa. Se encaixa às cenas em que aparece da maneira adequada, assim como ao rítmo destas, sendo acelerado ou parado. Os figurinos fazem jus à maioria dos personagens, apesar de que as máscaras de Scorpion e Sub-Zero ainda deixarem à mostra que poderiam ter sido melhor trabalhadas. As armaduras de Cyrax e Sektor são muito bem desenhadas e se misturam bem aos efeitos especiais usados na cena de luta com os dois personagens, espero que mantenham os designs para o possível filme.

No geral, "Mortal Kombat: Legacy" é um bom warm-up e uma boa amostra dos planos de Kevin Tancharoen, que se prova um diretor e roteirista bastante seguro e capaz de fazer muito mais do que "Glee" e "The Search for the Next Pussycat Doll". Há elementos que, para o vindouro filme, devem ser modificados, como uma parte do elenco ou ao menos do trabalho característico de tal, e outros que podem ser mantidos, como o contexto do visionário Tancharoen e alguns designs. Se você não é fã de "Mortal Kombat", você provavelmente não vai gostar muito desta série, mas todos nós sabemos que ela foi feita de fã para fãs.

Nota: 7.4

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