2.11.12

Assassin's Creed 3 com certeza ultrapassa seus antecessores e ainda deixa só de leve você arrepiado, sentindo cada movimento de Tom Connor



CRÍTICA
 
AC3
Nota: 
 ● ● ● (4,5/5) - Ótimo
Vermelho - Spoiler perigosoLaranja - Curiosidade In-Game (spoiler)


Bem, como começar essa crítica?  Já sei! Vou começar por dizer que este jogo é o melhor Assassin's Creed em minha opinião, de longe, mas que nem tudo nele me agradou. Como preciso explicar exatamente o que acontece para esse jogo não ter me agradado 100%, vou ter que dizer alguns spoilers, e todos eles estarão em vermelho então, caso não quiser saber desses pedacinhos, é só pular estas partes.


Assassin's Creed III conta a história de Tom Connor, Desmond Miles, Kenway (o pai de connor) e o pai de Desmond (não me lembro o nome agora). Bem tudo isso é muitíssimo bem equilibrado em 12 sequências (quem já jogou algum título anterior de Assassin's Creed sabe do que estou falando) e para não deixar barato, acho que esse jogo vai agradar muito aos fãs de qualquer parte do Globo, inclusive os Brasileiros, mas vão decepcioná-los também, justamente por que existe um pedaço de AC 3 que se passa no Brasil e vocês sabem muito bem qual é a imagem que passamos para eles aqui do nosso país.

Vou começar já com uma crítica negativa do game, mas relaxem, vocês viram a nota do jogo ali em cima, saibam que o jogo não é nem um pouco ruim, principalmente porque eu sou um super fã desta saga, mas devo permanecer realista em certas ocasiões e Demond no Brasil é uma ótima maneira de começar. Primeiiramente, se esta parte do jogo de passar em São Paulo (o game não especifica o lugar, mas creio que só em sampa existe um estádio de UFC junto ao metro, eu acho), pode ter certeza que a Ubisoft não pesquisou NADA do Brasil para montar o cenário. Já fui e viajei diversas vezes pelos metros de São Paulo e nunca tinha visto algo como o que foi retratado no game, deixe-me generalizar: Brasileiros com vozes de argentinos, casais se pegando em tudo o que é canto, faxineiros limpando vômitos, guardas da Abstergo capturando tudo o que é gente e fiscalizando o local (essa parte foi a única bacana nesse sentido) e o pior de tudo... Mulheres usando bíquinis ou saias e tops... Cara, só de ver aquele lugar eu já sentia frio, que dirá as mulheres do game?

De resto, todas as missões do Desmond no game (e acredite, são VÁRIAS) são espetaculares, inclusive a do Brasil, que foi uma das minhas preferidas, mas realmente, a campanha de Desmond no game é desafiadora, deixe-me explicar. Quando você joga com o Desmond, NADA aparece na tela, nem menus Hud, muito menos se você está bem escondido em algum local, não aparece barrinha de vida e nada. Você se torna uma pessoa muito mais abilidosa do que qualquer outro assassino já que possuí as táticas de luta de três assassinos completamente diferentes, considerando que eles viviam em épocas bem diferentes. Demond pode usar armas de qualquer tipo para lutar: armas de fogo, as hidden-blades curvadas (as que são facôes, iguais as do Connor Kenway) e a Apple of Eden, que é uma arma que pode controlar, a mínimas distâncias, tudo o que seu inimigo vai fazer.

Agora bora falar sobre a história do pai de Connor (Haytham Kenway). Ai galera, já é um bom spoiler, então acho melhor vocês lerem só este próximo pedacinho. O Pai de Connor foi um grande marujo que trabalhava na marinha, juntamente com os Assassinos da Ordem, mas todos sabem que Altaïr também já foi traído pelos seus amigos várias e várias vezes. Isso acontece, mas Kenway tem um jeito diferente de lidar com isso, ou eles o obedecem, ou eles o arranca para fora dos navios e isso o fez Capitão algum tempo depois, mas os outros companheiros de mar não deixaram barato e o expulsou, nessa hora, os Templários entraram em ação e simplesmente o convenceram de que seria melhor se Kenway adentrasse a Ordem Templária, e não aguentando a pressão, foi convertido. Kenway teve um filho com uma nativa americana, mas ele sempre havia sido um britânico que ajudava os Assassinos. Então nasce 
Ratonhnhaké:ton tradução literária de Mohawk aldeia onde nasceu, viria a ser ''vida arranhada'' em português. Este nome não foi lhe dado quando ele nasceu, mas sim depois que um enorme acidente em sua aldeia aconteceu. Sua aldeia havia sido queimada pelos britânicos e ele teve de ''lutar para sobreviver'', então passou a virar um Assassino por conta própria. Inclusive existe uma hora que Connor (ainda criança) desafia um Inglês adulto para lutar, e pede seu nome para que quando crescesse, ele viesse a morrer. Connor sempre foi um menino corajoso, mas nunca foi alguém vingativo, aliás, ele não sente a mínima falta do pai e quando menciona justiça, é sempre para o seu povo que morreu naquela aldeia. Sua base é diferente da de Ezio Auditore, que permanesceu um imaturo até o momento que ficou velho e sábio. Connor aprendeu a ser sábio desde pequeno e nunca necessitou de ninguém para se virar (uma idéia de floresta isolada a qual a Ubisoft deu foco é uma idéia disso).
Você joga com Connor pequeno, depois adolescente, adulto e velho (após o fechamento do game) e somente em sua adolescência você se torna um Assassino, quando busca a Ordem que existia na fronteira. Até ai o game segue de certa forma linear, mas depois, vários elementos de um Role-Playing Game são introduzidos, para começar, já não existe mais Missões em AC. Agora são categorizadas como Quests e Side-Quests e além disso, também há os Challenges (algo típico de Fallout). E acima de tudo, já é possível fazer as famosas Fast Travels que você vê no Skyrim (se teletransportar sem precisar caminhar para todos os lugares onde você já tenha pisado no mapa). Algo bastante útil para não perder tempo, mas nem um pouco útil para mim, que gosta de apreciar a paisagem tão fodelástica que existe em Assassin's Creed 3.

Já começando minha crítica, vou partir para dizer sobre a nova movimentação e sistema de luta de Connor. Primeiro: você não precisa mais mirar manualmente no inimigo pois a Ubisoft desenvolveu um sistema de mira inteligente para que você só tenha que usar ela quando usar armas de alcance médio e longo (pistolas ou o arco e flecha). De resto, o game fará tudo sozinho para ti e isso torna o jogo mais flexível e mais dinâmico, pois proporciona uma abertura maior para realizar combos mais bem bolados e preparar o terreno para dar o próximo passo ao matar o próximo alvo.

Connor age minusciosamente e para falar a verdade, para todos os que acharam que Assassin's Creed 3 não viria a ser um jogo stealth mais, por conta da adição da pistola, está enganosamente equivocado. AC 3 é o jogo mais stealth da saga e inclusive isso já se afirma pelo nome Connor (amante de lobos, na tradução gaélica). Connor age como um predador e por conta disso aprendeu desde pequeno a subir em árvores e em qualquer superfície orgânica ou natural. Até mesmo na neve, Connor possuí uma habilidade mais aprimorada que seus inimigos, onde mesmo com a dificuldade de andar, ele possuí o parkour para facilitar e seu arco e flecha.

Também se revela na história que Connor não é ancestral de Desmond Miles e que Altaïr e Ezio não eram parentes, mas ambos (Ezio e Altaïr Ibn La Ahad) possuíam parentesco com um novo assassino da Era do Império Romano de 259 A.C (lol, é antes de cristo tá?) chamado Aquilus, e que tudo isso se deve pelas cicatrizes que eles possuem na boca. Mas até ai tudo bem, as coisas só começam a complicar no momento em que Vidic (chefe da Abstergo e Templário) começa a armar para cima de Desmond (não vai ter spoilers deste pedaço).

Agora beleza. Vamos analisar os fatos, a história do jogo é uma das mais completas e acaba solucionando muitas de nossas dúvidas, deixando para o fim do jogo um final muitíssimo estranho na qual questionaremos sobre o destino do Desmond em AC 4 ou algum outro AC que virá a seguir. Mas ainda assim a história é interessante e muito bacana.

A trilha sonora do jogo é bem original e completamente diferente das dos outros títulos, trantando e abordando uma temática mais patriarca dos Estados Unidos da América. Mas mesmo assim, ainda tem todo aquele rebolado das trilhas anteriores, com tons épicos e cheio de mistérios.

Por fim, não se arrependa de gastar seu precioso dinheirinho. A riqueza de detalhes do jogo é imensa, o gráfico está todo refinado e remasterizado com uma Engine muito dinâmica e inclusive no clima (Outono - Inverno, Primavera - Verão). Gaste sem dó seu precioso pois este game MERECE!

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